Mesmo não impondo o meu estilo de vida a ninguém, só o fato de expressá-lo já é motivo para olhares de desaprovação, comentários diretos ou até mesmo indiretos. Triste isso, não?!
Talvez alguns de vocês também já devem ter passado por isto e sabem como é dolorido.
Há uns meses atrás, porém, Deus me mostrou alguns textos no livro Conselhos Sobre Saúde, de EGW, em que pude tirar algumas lições da vida de Daniel e seus amigos que me deixaram confortada. Tenho certeza de que Deus também quer confortar seu coração, especialmente daqueles que se sentem sozinhos nessa caminhada.
1- Daniel escolheu honrar e fazer a vontade de Deus. E, Deus também o honrou e o abençoou. Certamente ele foi considerado um radical em sua época, mas como diz em Atos 5:29: “[...] Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens:
“A história de Daniel é posta em realce para nosso benefício. Escolheu ele seguir um procedimento que o tornaria singular na corte real. Não se conformou com os hábitos dos cortesãos, quanto a comer e beber, mas propôs em seu coração que não tomaria da alimentação do rei nem beberia de seus vinhos. Não foi este um propósito formado apressadamente e vacilante, mas foi um propósito feito inteligentemente, e resolutamente posto em execução. Daniel honrou a Deus; e cumpriu-se a seu respeito a promessa: ‘Porque aos que Me honram honrarei’ (1Sm 2:30). O Senhor deu-lhe ‘conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria’, e ele teve ‘entendimento em toda visão e sonhos’ (Dn 1:17); dessa forma, foi ele mais sábio do que todos nas cortes reais, mais sábio do que todos os astrólogos e mágicos do reino” (p. 50).
“Daniel poderia haver encontrado uma desculpa plausível para desviar-se de seus estritos hábitos de temperança; mas a aprovação de Deus era para ele mais cara do que o favor do mais poderoso potentado terreno – mais cara mesmo do que a própria vida” (p. 64).
“O Senhor recompensou com aprovação a firmeza e renúncia destes jovens hebreus, e Sua bênção os acompanhou. Ele lhes ‘deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos’. Dan. 1:17. Ao expirarem os três anos de preparo, quando sua habilidade e seus conhecimentos foram examinados pelo rei, ‘entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino’ (Dn 1:19 e 20)” (p. 65)
2 – Melzar, o oficial responsável pelos jovens hebreus, era como a maioria das pessoas que não creem na mensagem de saúde e nos 8 remédios naturais, mas Daniel e seus amigos o conquistaram com sua cortesia e tiveram oportunidade de mostrar para ele o Deus em quem criam. Nós também devemos tratar os outros com cortesia, mas precisamos ser coerentes e firmes em nossos princípios para sermos respeitados:
“Havendo, por sua conduta cortês, obtido o favor de Melzar – o oficial que tinha a seu cargo os jovens hebreus – Daniel pediu que lhes concedesse não precisarem comer o manjar da mesa do rei, nem beber de seu vinho. Melzar temia que, condescendendo com esse pedido, poderia incorrer no desagrado do rei, e assim pôr em perigo sua própria vida. Semelhante a muitos presentemente, ele pensava que um regime moderado faria que estes jovens se tornassem pálidos, de aparência doentia e deficientes na força muscular, ao passo que o abundante alimento da mesa do rei os tornaria corados e belos, promovendo as atividades física e mental.
“Daniel pediu que a questão se decidisse por uma prova de dez dias, sendo permitido aos jovens hebreus, durante esse breve período, comer um alimento simples, enquanto seus companheiros participavam das guloseimas do rei. A petição foi, finalmente, deferida e, então, Daniel sentiu-se seguro de que havia ganho sua causa. Conquanto jovem, havia visto os danosos efeitos do vinho e de um viver luxuoso sobre a saúde física e mental.
“Ao fim dos dez dias achou-se ser exatamente o contrário das expectativas de Melzar. Não somente na aparência pessoal, mas em atividade física e vigor mental, aqueles que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiram uma notável superioridade sobre seus companheiros que condescenderam com o apetite. Como resultado desta prova, a Daniel e seus companheiros foi permitido continuarem seu regime simples durante todo o curso de seu preparo para os deveres do reino” (p. 64 e 65).
3 – Devemos pedir a Deus sabedoria (“Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus…” (1Co 3:19)) e força, e sermos temperantes em todos os hábitos de vida:
“Há aqui uma lição para todos, mas especialmente para os jovens. Uma estrita concordância com os reclamos divinos é benéfica à saúde do corpo e da mente. Para atingirmos o mais elevado padrão de conhecimentos morais e intelectuais, é necessário pedir a Deus sabedoria e força, e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros temos um exemplo do triunfo do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Isso nos mostra que por meio de princípios religiosos os jovens podem triunfar sobre os desejos da carne e permanecer leais aos reclamos divinos, mesmo que isso lhes custe grande sacrifício” (p. 65 e 66).
4 – “Só de vez em quando, não tem problema” é o que prega o mundo. Mas, o que aconteceria se Daniel e seus amigos tivessem feito uma ou outra excessão? Pense nisso.
“Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação…” (p. 66).
5 – O nosso caráter precisa ser santificado aqui na Terra, pois o levaremos para o céu. Se Deus lhe pede para renunciar um hábito por amor a Ele, para torná-lo mais semelhante a Jesus, é porque isso é preciso para transformação do seu caráter.
“A vida de Daniel é uma ilustração inspirada do que constitui um caráter santificado. A santificação bíblica tem que ver com o homem todo. … É impossível as pessoas apreciarem as bênçãos da santificação enquanto são egoístas e glutonas. Essas gemem sob um fardo de enfermidades, por causa dos maus hábitos no comer e beber, os quais fazem violência às leis da vida e da saúde. Muitos estão debilitando seus órgãos digestivos ao condescenderem com o apetite pervertido. O poder da constituição humana para resistir os abusos que se lhe impõem é maravilhoso; mas os persistentes maus hábitos no excessivo comer e beber enfraquecerão cada função do corpo. Fazei com que esses fracos considerem o que poderiam ter sido, tivessem eles vivido temperantemente e promovido a saúde, em lugar de abusar dela. Ao condescenderem com o apetite e as paixões pervertidos, até os professos cristãos frustram a natureza em sua obra e reduzem o poder físico, mental e moral. Alguns que estão fazendo isso, pretendem estar santificados para Deus; mas tal pretensão é sem fundamento. …” (p. 66 e 67).
Por último, também fui ao dicionário. Lá constam algumas definições da palavra radical, mas a que mais se parece conosco, cristãos que amam servir a Deus e fazer a Sua vontade, é “relativo à raiz, origem ou ao fundamento”, ou seja quando lhe chamarem de radical, diga que concorda, já que a sua atitude é coerente com que Você acredita, com a sua essência, raiz e fundamento.
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