É, numa tarde qualquer, eu pedi isso, cuida de mim.
Cuida da minha alma, da minha vida estraçalhada, recolha os meus pedaços, me faça inteira novamente para você.
Cuide de mim, cuida da única mulher que um dia cuidou de você, que um dia lhe amou tão intensamente, cuide da única que soube dizer adeus quando as malas já estavam prontas no porta malas do carro há muito tempo.
Alias você se lembra de com deixou meu coração? De como ele ficou depois que você partiu da minha vida?
Não, é claro que você não se lembra.
Eu chorei no colinho de mamãe uma dor tão física que me deixou doente encima da cama por dias, fiquei com febre de amor, fiquei com dor de cabeça de amor, fiquei com o coração murcho de amor, fiquei com lágrimas que rolavam e se perdiam sendo misturadas ao gosto da minha boca que você nunca mais beijou.
Você entrou naquela igreja, sorriu para outra mulher.
“Fiquei imaginando como os teus belos olhos azuis devem ter brilhado demais quando você a viu entrar na igreja.”
E eu desejei tanto estar no lugar dela.
Agora, você voltou.
Ou talvez não voltou.
Talvez queira apenas passar seu tempo livre comigo, reviver todos os nossos momentos, eu não sei ao certo.
Mas se você voltou seja por esse ou aquele motivo.
Então dessa vez, por favor, cuide de mim.

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