quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Meditação da Mulher Só rindo




O coração bem disposto é remédio eficiente. Provérbios 17:22

Havia sido uma semana sombria – não, um mês sombrio. Não que algo realmente pavoroso estivesse acontecendo. Nenhuma doença. Nenhum problema financeiro além daquele de nunca ter um centavo sobrando para os extras. Simplesmente as coisas normais da vida: trabalhar, cozinhar, limpar, lavar... e nunca tendo tempo suficiente.

Assim, quando Noelle teve febre naquela manhã e não se sentiu disposta a ir para a igreja, fiquei contente em permanecer em casa e deixar que os outros fossem sem nós. Eu estava cansada demais para ir aonde quer que fosse. Ou, quem sabe, eu me sentia mais enfastiada do que cansada. De qualquer modo, fiquei feliz em trocar meu par de meia-calça por um confortável roupão velho. Por algumas horas, seríamos apenas eu e nossa filha de 10 anos de idade. Teríamos uma manhã quieta, relaxante.

Primeiro, tomamos suco de laranja e comemos cereal; depois, decidimos brincar de charadas bíblicas. Sentei-me confortavelmente no chão, apoiada contra a parede, e deixei Noelle começar.

Ela estava em pé diante de mim, vestindo jeans e camiseta, com o cabelo de um loiro pálido preso em grossas tranças. Com as mãos nos quadris, ela deu um pulo. Para cima, para baixo. Para cima, para baixo. O que ela está fazendo? Um sorriso lhe iluminou os olhos. “Mamãe, adivinha!” ela ordenou. Mas minha mente não foi capaz de captar o que ela estava descrevendo. Ela repetiu. Com um sorriso largo no rosto, ergueu-se na ponta dos pés e voltou ao normal. Para cima. Para baixo. Para cima. Para baixo. Como variação, um pulinho.

– Antigo ou Novo Testamento? – perguntei.

Para cima, para baixo, para cima, para baixo. – Antigo.

Isso continuou por alguns minutos, com breves interrupções para Noelle dar risadinhas e para eu dar gargalhadas. Eu não tinha ideia do que ela estava fazendo, qual cena bíblica ela estava descrevendo.

Pedi uma pista e ela disse que tinha que ver com Daniel.

– Desisto! – disse eu, por fim.

– Eu sou um dos dentes na boca do leão que não conseguiu comer Daniel!

Comecei dando uma risadinha reprimida e depois dei uma boa risada. Em pouco tempo, eu me dobrava de rir enquanto puxava minha menina para o colo. Sentamo-mos ali, juntas, rindo até que as bochechas doessem. Rindo até não me sentir mais cansada nem abatida nem deprimida. Rindo até meu coração cantar! Às vezes, o que você precisa é de uma boa risada.


Penny Estes Wheeler






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