Assim será a palavra que sair da Minha boca: [...] fará o que Me apraz e prosperará naquilo para que a designei. Isaías 55:11
Minha proximidade inicial com a Igreja Adventista era apenas geográfica. Nossa casa, numa pequena cidade no interior norte do Espírito Santo, ficava exatamente ao lado do prédio da igreja. Inicialmente os membros, na maioria de origem alemã, reuniam-se em uma casa nos fundos do terreno. Tenho a vaga lembrança de ter assistido a uma reunião naquele local e de assentar-me em um banco sem encosto. O prédio atual foi construído depois por um grupo que veio de Baixo Guandu.
Lembro-me de, naquele período, ter estudado em três escolas. Não sei exatamente em que ordem, mas imagino que primeiro foi no Grupo Escolar. Depois, por alguma razão, na Escola Adventista, vizinha de minha casa. Então fui para a Escola Paroquial, próximo à Igreja Matriz, no alto de um morro. Por algumas influências na escola católica, fui feito coroinha, um daqueles meninos que ajudam o padre a rezar a missa, repetindo frases em latim e balançando o incensário.
Meu primeiro contato com as Escrituras, contudo, aconteceu na Escola Adventista de forma curiosa. O certificado escolar tinha a gravura de uma árvore. Sob suas copas, estava desenhado um pequeno riacho. Logo abaixo, havia um texto bíblico: "O justo será como árvore plantada junto a ribeiros de água" (Sl 1:3). As palavras poéticas do salmista e o próprio quadro enchiam minha imaginação. Creio que o Espírito Santo, o grande intérprete do evangelho, já estava me impressionando.
Mais tarde, quando cursava o antigo ginásio, um de meus irmãos começou a namorar uma moça que viera do colégio adventista de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Era filha da família Krüger, líderes da igreja adventista local. Na casa dela, ele aprendia as doutrinas bíblicas.
Em nossa casa, as repetia. "O sábado bíblico", "o estado dos mortos", tudo isso me impressionava muito. Depois vieram os estudos bíblicos formais e a influência de uma família adventista vizinha. A irmã Selma Dan nos ensinava falando com sotaque pesado. Estudando sobre o anticristo e o misterioso número 666, como a família Dan entendia, tomei minha decisão. Com a mudança para Taguatinga, em Brasília, alguns meses depois de meu batismo, o contato com outros cristãos adventistas e as oportunidades de participar na igreja confirmaram meu chamado espiritual. E tudo começou com um texto bíblico no boletim escolar!

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