segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Meditação Matinal HARPAS NOS SALGUEIROS



Às margens dos rios de Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas. Salmo 137:1, 2

O contexto deste salmo é o exílio babilônico. Da antiga glória restara apenas devastação. Ecos distantes relembravam em lamentos nostálgicos os dias do passado, quando Jerusalém fora escolhida pelo Senhor para o lugar de Sua habitação. Sião é o nome poético de Jerusalém, da qual nada sobrara, senão um imenso vazio. Junto às águas de Babilônia, o país do cativeiro, os israelitas se assentavam e choravam.

Para esses israelitas, o pranto era mais que uma saudosa lembrança; ele expressava a tragédia do ideal perdido. Os vitoriosos babilônios, indiferentes ou cínicos, abriam ainda mais a ferida. "Ouvimos que vocês israelitas são bons cantores", diziam com escárnio. "Celebrem para nós a majestade e a proteção do seu Deus." Mas os desolados e confusos exilados haviam pendurado suas harpas, e apenas conseguiam expressar uma queixa fúnebre: "Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?" (v. 4). Eles se recusaram a cantar, e as harpas permaneceram mudas. Perderam, contudo, uma oportunidade de testemunhar. Cantando, teriam demonstrado aos opressores que nem tudo estava perdido. Deus não fora conquistado. A última palavra ainda não fora dita.

Está você vivendo no "país distante" das derrotas, apertado por nostalgias? Os israelitas poderiam ter demonstrado que a presença de Deus não está limitada por geografia ou circunstâncias, porque, afinal, "nada nos pode separar do amor de Deus" (Rm 8:38, NVI). Aprenda a levar louvor aos lugares de opressão. Talvez seja no lar, entre parentes incrédulos. No local de trabalho, onde você se sente solitário, ou no exílio de suas depressões. Outros acham difícil cantar o "cântico do Senhor" na terra estranha dos desapontamentos, das perdas e perplexidades.

Mais que ninguém, Jesus viveu em terra estranha. Porém, Ele recusou pendurar Sua harpa nos salgueiros de Seu exílio. Ele deve ter cantado em muitas circunstâncias da vida, mas apenas uma vez o Novo Testamento registra que Ele cantou. Sabe quando? Na noite escura de Sua grande prova (Mt 26:30). Lembre-se disso sempre e anime-se.



Foto: Meditação Matinal 

HARPAS NOS SALGUEIROS
Segunda, 6 de janeiro
 
 
Às margens dos rios de Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas. Salmo 137:1, 2

O contexto deste salmo é o exílio babilônico. Da antiga glória restara apenas devastação. Ecos distantes relembravam em lamentos nostálgicos os dias do passado, quando Jerusalém fora escolhida pelo Senhor para o lugar de Sua habitação. Sião é o nome poético de Jerusalém, da qual nada sobrara, senão um imenso vazio. Junto às águas de Babilônia, o país do cativeiro, os israelitas se assentavam e choravam.

Para esses israelitas, o pranto era mais que uma saudosa lembrança; ele expressava a tragédia do ideal perdido. Os vitoriosos babilônios, indiferentes ou cínicos, abriam ainda mais a ferida. "Ouvimos que vocês israelitas são bons cantores", diziam com escárnio. "Celebrem para nós a majestade e a proteção do seu Deus." Mas os desolados e confusos exilados haviam pendurado suas harpas, e apenas conseguiam expressar uma queixa fúnebre: "Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?" (v. 4). Eles se recusaram a cantar, e as harpas permaneceram mudas. Perderam, contudo, uma oportunidade de testemunhar. Cantando, teriam demonstrado aos opressores que nem tudo estava perdido. Deus não fora conquistado. A última palavra ainda não fora dita.

Está você vivendo no "país distante" das derrotas, apertado por nostalgias? Os israelitas poderiam ter demonstrado que a presença de Deus não está limitada por geografia ou circunstâncias, porque, afinal, "nada nos pode separar do amor de Deus" (Rm 8:38, NVI). Aprenda a levar louvor aos lugares de opressão. Talvez seja no lar, entre parentes incrédulos. No local de trabalho, onde você se sente solitário, ou no exílio de suas depressões. Outros acham difícil cantar o "cântico do Senhor" na terra estranha dos desapontamentos, das perdas e perplexidades.

Mais que ninguém, Jesus viveu em terra estranha. Porém, Ele recusou pendurar Sua harpa nos salgueiros de Seu exílio. Ele deve ter cantado em muitas circunstâncias da vida, mas apenas uma vez o Novo Testamento registra que Ele cantou. Sabe quando? Na noite escura de Sua grande prova (Mt 26:30). Lembre-se disso sempre e anime-se.


Um comentário:

  1. Muito bom o texto!Quantas vezes dentro da igreja somos adoradores cantamos choramos ,profetizamos mais isso só quando estamos dentro de Sinhão(Igreja)os exilados de Judá foram incapazes de adorar a Deus no memento de tristeza fora de sua cidade natal.Levando em consideração que ali teve Daniel e mais os três jovens que foram diferentes .Que Deus possa estar sempre presente nas nossas vidas independente do momento e local que estivermos.

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