domingo, 10 de maio de 2015

# Mãe

Há momentos na vida em que mesmo tendo a certeza de que é somente debaixo das asas do Pai onde encontramos refúgio seguro, é de nossa mãe que lembramos desejando um abraço, ouvir a sua voz ou apenas contemplar o seu rosto. Algumas vezes isso não nos é mais possível, contudo há dentro de nós algo que ainda nos acalenta quando é dela que falamos: o amor de mãe.

Mãe é alguém onde encontramos conforto sem igual. Um simples olhar seu já nos diz que os seus braços estão abertos para nos receber, compreendendo tudo o que há dentro de nós sem que precisemos dizer coisa alguma. E normalmente nada mesmo querem ouvir; tão somente acalentar, pois o coração de mãe é o que mais se aproxima à semelhança do coração do Pai: sabe o que vai dentro do coração do filho.
Amor incondicional é o que se dispõe desde o instante em que sabe que nos carregará em seu ventre por alguns meses. Talvez seja esse o tempo quando se formata em cada uma delas a consciência da eternidade, a elas revelado para que recebam a essência do caminhar ao nosso lado enquanto haja ar em suas narinas, gerando-nos quantas vezes for preciso ao longo de nossa jornada.
Sua existência e sua relação com Deus é tão bem-aventurada que o próprio salmista se encarregou de transmitir as palavras do Eterno, a traduzirem o ventre como o limite primeiro onde já nos encontrávamos debaixo dos olhos do Senhor. “Por Ti tenho sido sustentado desde o ventre; Tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente”.
É durante a gestação quando encontramos a essência do amor de Deus se fazendo presente pela primeira vez em nossas vidas. Somos filhos dela e também do Eterno desde o instante de nossa fecundação – “Sobre Ti fui lançado desde a madre; Tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe”. É o primeiro e o mais especial dos lugares que haveremos de nos encontrar enquanto vivendo nossa humanidade; só perfeitamente substituído por seus braços.
Mães que obtêm a maternidade e mães que assumem a maternidade de outras mães: elas são tão diferentes dos outros seres humanos, que me arrisco a comparar sua entrega à essência da relação do homem com Deus ao melhor testemunho dos salmos, demonstrando dependência, obediência e, sobretudo fidelidade. Ana, a mãe do profeta Samuel, teve sua oração comparada a um salmo, tamanha a grandeza das palavras de seus lábios que traduziram a vida filial que havia em seu coração.
Mãe, o que falar de você enquanto somente as lágrimas dos meus olhos conseguem traduzir a gratidão que transborda de meu coração, inundado de amor por você, sentimentos que me dizem jamais poder retribuir à altura os seus gestos. Resta-me ajoelhar diante do Eterno e clamar para que derrame bênçãos sem medida sobre sua vida, ainda que nesse momento eu possa ouvi-la dizer que eu, tua filha , sou toda a bênção que você esperava da vida.
Mãe, muito obrigada por tudo que entregou a mim, ainda que eu me confesse impedida de mensurar ou conceituar com justa medida todo esse ato de amor. Creio eu, é um dos mistérios que a humanidade haverá de conhecer quando da volta de Cristo – a intimidade do coração de mãe em seus instantes com o Eterno.

Um comentário:

  1. Passei para deixar um grande abraço e felicitá-la por este dia no qual é dedicado a todas as mães. Mães, mesmo que não tenha gerado no ventre mas tem um coração de mãe. Mãe educadora, mãe protetora, mãe amiga, mãe de luz, mãe amável... Mulher, ser escolhido por Deus para ser mãe e todos nós fomos gerados(as )por este ser maravilhoso, MÃE.
    Feliz dia das mães!
    Lourdes Duarte, sua amiga.
    http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/

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