segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O PODER DO PERDÃO




Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Efésios 4:32

Corrie ten Boom foi uma cristã holandesa. Em 1940, no calor da Segunda Guerra Mundial, os nazistas invadiram e ocuparam os Países Baixos, estabelecendo enormes restrições à liberdade. Por muitos anos, Corrie e familiares haviam estado envolvidos na igreja local, em serviços de caridade em favor de crianças desabilitadas. Mas, em 1943, a família ten Boom tornou-se ativa no movimento da resistência. Descobertos pela polícia secreta do nazismo, em fevereiro de 1944, Corrie, o pai e outros membros da família foram presos por ajudar judeus a escapar do Holocausto. O pai de Corrie morreu dez dias depois, na prisão. Corrie e a irmã Betsie foram enviadas para o campo de concentração de Ravensbrück, onde apenas Corrie sobreviveu.

Ela escreveu vários livros, incluindo sua autobiografia O Refúgio Secreto. O título do livro deveu-se ao pequeno esconderijo que a família construiu em casa para ocultar fugitivos. No livro, Corrie narra sua dramática libertação, no fim do mesmo ano, graças a um erro providencial. As mulheres de sua idade foram todas executadas uma semana depois. Corrie diz em seu livro: “Deus não tem problemas. Apenas planos.” Depois de liberta, ela voltou aos Países Baixos, onde organizou centros de reabilitação a serviço dos sobreviventes dos campos de concentração, a pessoas desabrigadas e sem emprego. Viajou, como palestrante, por mais de 60 países. Aos 85 anos, estabeleceu-se na Califórnia, onde faleceu aos 91.

Corrie, em suas palestras e escritos, focalizava o evangelho com ênfase no perdão. Em outro livro, ela narra que, em 1947, numa palestra na Alemanha, foi abordada por um ex-guarda do campo de concentração, conhecido por seu sadismo e crueldade. Ela sentiu-se relutante em perdoá-lo.

Mas, afinal, escreveu: “Por um longo tempo seguramos as mãos um do outro, o antigo guarda e a antiga prisioneira. Nunca tinha experimentado o amor de Deus de forma tão intensa.” Na mesma passagem, Corrie escreveu que em sua experiência pós-guerra, em contato com outras vítimas da brutalidade nazista, apenas aqueles que foram capazes de perdoar foram os que melhor puderam reconstruir a própria vida.



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