terça-feira, 14 de junho de 2011

QUINZE MINUTOS

"A realidade é que sem ele não há paz. E cá estou à olhar o telemóvel de quinze em quinze minutos. O coração aperta na angustia desta saudade. Apetece-me matá-la. Apetece-me acabar com esta mal dita “saudade”. Mal dita sim, pois – “saudade” soa-me “lembrança de uma etapa boa da vida”; E a dor que resta-me ao peito, não pode representá-la.
Volta! Volta – que todas as canções têm o teu nome. E os compositores teimam à contrariar-me e falam sobre o amor como uma coisa bonita. Então, toda esta dor, torna-se beleza e lhe quer agora, quer que tu voltes. Volta!
E mostra-me que ainda me amas...
Volta a cuidar de mim – que estou desprotegida. Devolve-me os teus carinhos. Chama-me de “menina”. Conta-me da tua vida... Fica quinze minutos, atrasa-se, e abraça-me durante este curto tempo de atraso, – , mas abraça-me forte. Forte de sufocar, forte de deixar-me roxa, marcada – que é para que eu possa lembrar-me quando a saudade vier...
Cansei-me de lhe manter longe de minha vida, quero-te nela. Quero a paz que meu corpo sente ao estar preso em teus braços. Quero o teu rosto de menino para passar os dedos contornando cada traço. Quero tuas mãos acariciando-me. Quero tua boca cantando qualquer música à meus ouvidos. Quero gargalhar minha risada desajeitada num surto de euforia ao teu lado. Quero ouvir tua respiração. Quero deitar minha cabeça em teu peito e escrever com os dedos alguma frase de amor. Quero meu sono de volta... Porque todas as noites, quando fecho os olhos, eu sinto que meu sono foi-se embora com teus passos.
Pois volta! Trás à mim tudo que é meu – e por direito. Fala-me, comprova-me, prova-me que tu és meu. Entrega a paz para este meu coração que perdeu o sossego...
Meu amado – eu posso viver sem tua presença, como tu vives sem a minha. Mas não quero. Não! – O amor é tão belo, tão precioso, tão delicado, –, que nos trás a vida. Foi um presente poder lhe amar, e assim vou: amar-lhe, amando-lhe, lhe amo.
Fica quinze minutos mais. Ama-me quinze minutos mais. Fala-me quinze minutos mais que tu me amas. Só isto que quero ouvir. Que tu me amas, tu me amas... E irá vir à mim, como nunca tu viestes. Irá ser meu como se fosse ser para sempre. E irá deixar que eu seja tua, para sempre.
Porque serei.

Meu rapaz – eu tenho tanto à lhe falar. Tantas coisas belas que andam acontecendo em tua ausência e que me fazem ter a certeza de que lhe quero, lhe espero, lhe amo – com todo o amor que pode habitar minha alma.
Tenho, preciso, apetece-me o brilho de teus olhos para lhe dizer todos os sentimentos que fluem enquanto escrevo estas palavras. Sentimentos daqueles que eu mal soubera que pudessem existir... Mas que tu, sem saber, me fizeste descobrir.
Apetece-me deitar em tua cama e dormir tranqüila ao teu lado. Apetece-me sonhar contigo. E sonho... Sonho todas as vezes que o cansaço me ganha e o sono me cobre. Sonho com a doçura dos momentos ao teu lado. Sonho com o nosso amor – estranho.
Estranho, mas que se fará bonito. Eu prometo, meu amado. Eu lhe abrirei as portas da minha vida, e em troca – tu cuidas de mim, para sempre. Como prometeste.

Volta! E diga em quinze minutos: “Como será?”. Como será possível eu lhe amar assim? Só peço quinze minutos de atraso para ganhar o mundo. E o mundo eu ganho, todos os dias, em quinze minutos de palavras tuas. Sempre tuas. Para sempre tuas. Serei – para sempre tua, meu amado."

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